A vida incerta dos optimistas
Apenas depois da 2.º GM foi incutido nos povos da Europa que a vida é fácil. A paz é perpétua e todas as dificuldades são umas chatices que (com enorme despeito) se infiltram nas nossas vidas e nos incomodam.
Até 1945 nada na vida (pelo menos para a grande maioria) era garantido. Nem o emprego, nem a habitação, sequer a vida eram favas contadas. Com certeza que não precisamos dos infortúnios do passado, nem tão pouco aceitá-los como comuns e banais. Sucede que partir do pressuposto contrário é um erro que pouco nos ajuda. A vida é incerta, difícil e apenas aceitando-a, tal qual ela é, poderemos ser os optimistas que Soares e Sócrates tanto nos pedem que sejamos. Isso e sorrir quando vemos uma tartaruga gigante nas Seychelles com um presidente da República sentado em cima.
por André Abrantes Amaral @ 9/26/2005 11:42:00 da manhã
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