Céu nublado
Partindo dos actuais resultados do inquérito insurgente sobre as preferências dos nossos leitores em termos de semanários (disponível na coluna aqui ao lado), posso começar por presumir que o SOL não será, para estes e para a maioria dos consumidores, uma opção de compra.
Penso que o erro do projecto de José António Saraiva [JAS] está em querer conquistar o "território" ocupado pelo líder Expresso apostando numa estratégia de "clone mais barato" (o SOL custa menos 80 cêntimos). No entanto, o preço não pode ser o único factor competitivo pois será, caso se torne necessário, facilmente copiado pelo Expresso - recorrendo, por exemplo, a novas ofertas.
JAS confessou que um dos principais objectivos do SOL é "marcar a agenda política" o que, bem ou mal, o Expresso é conhecido por fazer. Deste modo, aos olhos do habitual consumidor de semanários, o SOL não é diferente do Expresso. Então, pensará o consumidor, porquê fazer a troca?
Julgo que uma estratégia de sucesso assenta na necessidade dos leitores pretenderem ter acesso a informação não manipulada por políticos e outros grupos de interesse (à qual o imediatismo da televisão é particularmente vulnerável). Logo, esta estratégia alternativa passa não por "marcar a agenda política" mas, sim, por desconstruir tal agenda, tarefa que requer, por parte dos seus responsáveis, certo cuidado e tempo de análise (uma vantagem competitiva dos semanários em relaçãos aos diários, rádios e televisões).
por BrainstormZ @ 10/11/2006 05:04:00 da tarde
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