A demagogia estatista
João Cravinho acaba de dizer há momentos, na SIC Notícias, que não existe capacidade empreendedora em Portugal. Que os portugueses não arrriscam nem sequer inovam. A título de exemplo, refere a simplificação do sistema que permite a criação de uma empresa numa hora. De acordo com o socialista Cravinho, das duas mil e quinhentas empresas criadas na hora em 2005, apenas 18 eram de cariz inovador (ou lá o que isto seja). Ora, este raciocínio de Cravinho é pura demagogia e um atestado de estupidez passado aos portugueses. Com ele, o ex-ministro de António Guterres, ignora de uma assentada todos os atropelos que o Estado comete e penalizam as empresas. Há milhares de empresas que falsificam as declarações do IRS e não pagam a Segurança Social dos seus trabalhadores. É certo. Pagassem essas obrigações e faliam. Mas há muito mais que isto. Ninguém tem, nos tempos que correm a certeza do que pode o Estado inventar no futuro para se intrometer nos negócios de quem arrisca. Um exemplo paradigmático é a proibição do fumo nos restaurantes e bares. Há quem dê o litro para manter o seu negócio e o discurso político que se ouve quando se liga a televisão portuguesa é o do desprezo pela capacidade de quem trabalha. Dr. Cravinho: Quem pensa o senhor que paga o Estado? Os portugueses que não inovam? Tenha dó.
por André Abrantes Amaral @ 4/27/2006 10:19:00 da tarde
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