A opaca questão da "retribuição indeterminada"
Tem toda a razão o Bruno ao assinalar a absoluta incoerência de Sócrates quando rejeita proporcionar aos cidadãos a liberdade de escolherem dirigir as suas contribuições obrigatórias (ou pelo menos parte delas) para fundos de capitalização por estes proporcionarem uma "retribuição indeterminada".
Como se comprova pelas sucessivas alterações nas fórmulas de cálculo das pensões ao longo dos últimos anos (que não são mais do que formas relativamente encapotadas de diminuir o valor das novas pensões para tentar adiar por alguns anos a ruptura do falido sistema de segurança social estatal), pelo critério da incerteza relativa às retribuições o primeiro sistema a abolir deveria ser o estatal. Acresce que no caso do sistema estatal a "retribuição indeterminada" depende não só das condições económicas como também, e especialmente, das condições políticas existentes a cada momento. Essa é aliás uma das principais razões pelas quais só com fundos de capitalização individuais e liberdade de escolha é possível ter um sistema de segurança social sustentável.
por André Azevedo Alves @ 4/29/2006 09:25:00 da tarde
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