28.4.06

Mudar a ordem existente

Os relatórios do Banco de Portugal e das instituições internacionais sucedem-se, mas nada muda… excepto as datas da sua publicação. Um exemplo: a extinção de organismos é positiva, até já foi concretizada por Manuela Ferreira Leite, mas se as funções e respectivos funcionários são colocados numa terceira instituição, poupa-se o quê? Nas despesas com a utilização do espaço, isto é, a renda, a luz e a água. Não será obviamente por aqui - nem sequer pelas poupanças nas deslocações de membros do Governo - que a despesa pública vai diminuir a sua taxa de crescimento, factor absolutamente essencial para corrigir o défice público de forma estrutural. Instrumento para aumentar a competitividade do país. Essas iniciativas acabam por ser ‘remendos’, que servem para se dizer que há uma reforma do Estado. Mas não há. Quem quiser ver o significado da palavra ‘reforma’, encontra por exemplo “a modificação de uma ordem existente”. E extinguir institutos e outros organismos não é uma modificação da ordem existente