17.2.06

O Bloco de Esquerda e o terrorismo: passado e presente

Os homens do gatilho (os executores que não os dirigentes) foram mesmo condenados em definitivo por crime de organização terrorista. Alguns ainda cumpriam pena quando o PS e o PCP, a solicitação de Mário Soares, votaram a amnistia em 1995. Foram postos na rua pela amnistia. Sendo certo e sabido que depois de o poder político maioritariamente ter "perdoado" aos terroristas não haveria tribunal neste País, como não houve, capaz de os voltar a mandar para a cadeia. Suponho que entre os que cumpriam pena e foram soltos pela amnistia estaria o autor material da morte do seu pai, decidida no EPL (ou em Caxias?) pelos dirigentes das FP-25, pretensos grevistas da fome, como constava aliás na acusação. E alguns deles retomaram a política... activa. Estiveram activíssimos no último Congresso do Bloco de Esquerda. Um deles (a quem foram dados como provados tiroteios sobre civis, crimes de sangue) foi indigitado pelo BE como seu candidato nas autárquicas. E foi eleito. Os 22 assassinatos das FP-25 estão esquecidos, ficaram impunes.