Bush desilude mais uma vez
Com a nomeação de Hariet Miers, parecem confirmar-se as previsões mais pessimistas sobre a incapacidade do Presidente Bush deixar uma marca positiva a nível da composição do Supremo Tribunal. Em pleno segundo mandato, com uma maioria composta por 55 republicanos no Senado e com os democratas fragilizados por sucessivos erros estratégicos, seria razoável esperar que Bush tivesse nomeado Clarence Thomas ou Scalia para presidir ao Supremo Tribunal e que tivesse escolhido dois substitutos para Rehnquist e O'Connor que dessem garantias bem mais substanciais de saberem interpretar o que está efectivamente escrito na Constituição.
Com uma governação caracterizada pelo aumento substancial da despesa pública e por uma política externa aparentemente descoordenada e desorientada (ou, o que será pior, coordenada por quem está mal orientado), restava a possibilidade de actuar sobre a configuração do Supremo Tribunal para que Bush deixasse pelo menos uma marca inequivocamente positiva.
Com mais esta desilusão, salvam-se até ao momento pequenos triunfos como enterrar o aberrante tratado de Kyoto (o qual, no entanto, dificilmente teria sido ratificado no Senado qualquer que fosse a actuação do Presidente), a derrota de Kerry (que, apesar de tudo, teria levado a cabo quase de certeza políticas ainda mais estatistas) e as repetidas manifestações de histerismo provocadas à extrema-esquerda (nos EUA e no resto do mundo). Pouco, muito pouco...
por André Azevedo Alves @ 10/04/2005 10:35:00 da tarde
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