A social-democracia sueca em acção (2)

Estou genericamente de acordo com o que escreveu o CMC em comentário ao meu post sobre os abusos dos sociais-democratas* suecos. O poder corrompe e quando se está no poder 65 dos últimos 74 anos essa corrupção torna-se certamente bem mais acentuada, mas não pretendia sugerir que a Suécia fosse neste momento uma República das Bananas. Isto dito, nem por isso me parece menos digna de destaque a indignação de Johan Norberg com o silêncio dos jornalistas suecos sobre o uso de meios públicos e a manipulação do sistema de educação público no âmbito da campanha de propaganda social-democrata*. Não sei qual será o resultado das eleições (nem estou particularmente entusiasmado com o programa da oposição), mas quer-me parecer que a democracia sueca (e se calhar a própria social-democracia* sueca, no sentido não partidário da expressão) só teria a ganhar com a alternância.

*Aos leitores mais desatentos ou centrados nas particularidades do peculiar eixo político-partidário português (não é o caso do CMC que, nesta matéria, é frequentemente atacado por assinalar o óbvio), relembro que na Suécia, como na generalidade das democracias consolidadas, a social-democracia corresponde à esquerda.