14.9.06

Não armem barraca!

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, não tem em grande conta quem tenta defender a sua propriedade. Em causa a demolição, prevista para a semana, do já famoso prédio Coutinho, cujos 13 andares estão no caminho das bulldozers do Polis. Diz o autarca:

"Atrevia-me a pedir para que os moradores que estejam de boa fé, não se sujeitem eles próprios e as suas famílias a situações que são mais vistas em bairros periféricos de pessoas marginais que estão instaladas inadequadamente em barracas. Acho que, nesta fase, em que se verifica a determinação quer da Câmara, quer do Ministério do Ambiente, quer do Primeiro-ministro devia haver o bom senso de evitar situações pouco dignificantes para Viana do Castelo e para as próprias pessoas", refere Defensor Moura.

Ou seja, alguém sonhou, a vontade política continua a existir, a propriedade privada que se lixe.
Um grupo de moradores do prédio recorreu (mais uma vez) ao tribunal para impedir a posse administrativa do prédio pela VianaPolis:

O presidente da comissão de moradores, Abílio Teixeira, disse à Lusa que este o procedimento judicial visa o reconhecimento da caducidade da declaração de utilidade pública emitida pelo ministro do Ambiente para a expropriação e demolição do prédio.
"Por lei, a validade de uma declaração de utilidade pública é de um ano, pelo que a que diz respeito ao prédio já caducou, porque foi emitida a 18 de Agosto de 2005"(...)

Espero que a CMVC e a sociedade Polis local, depois de considerar este prédio "o maior aborto urbanístico" da cidade, não venham no futuro a ser construtoras (usando de dinheiros públicos para financiar os seus conceitos estéticos) de inúteis "abortos urbanísticos" como os promovidos pelo Polis de Setúbal.