A conjuntura económica e orçamental em França é negra.
As causas desta estagnação foram identificadas há muito: "the weight of the public sector, high taxation, a rigid labour market."
Sucessivos governos procuram implementar 'reformas estruturais' que permitam derrubar os pilares que sustentam a estagnação económica e promovam o equilíbrio orçamental: aumento da idade da reforma, taxas moderadoras na saúde, desregulamentação dos contratos de trabalho. Conclui o Economist: "Yet, in retrospect, these look like reformettes, not thorough overhauls."
Apesar da timidez das reformas implementadas e dos fracos resultados obtidos, os governos são confrontados com greves, protestos, "movimentos de cidadãos pela poesia económica".
Para por um pouco de água na fervura, o governo francês dá dois passos atrás e implementa medidas - aumento do número de funcionários públicos, esquema estatal de promoção do emprego - que são contraproducentes.
Um cenário não muito diferente daquele que a Srª Thatcher encontrou no Reino Unido em 1979...
Por este andar, Portugal arrisca-se a convergir rapidamente com a França. Quer em termos de políticas, quer em termos de resultados.
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