2.6.05

Contradições?

Não vejo contradição nenhuma no Não Francês e Holandês ao Tratado constitucional.
O Jean-Pierre da FN que manter a Turquia e os imigrantes fora da EU (França), recuperar a soberania e influência da França e acabar com as deslocalizações para Leste e travar a directiva Bolkstein;
A trotskista Marianne quer acabar com as deslocalizações para Leste e privatizações, nacionalizar as empresas e travar a directiva Bolkstein;
O socialista Claude quer recuperar a influência da França, travar a directiva Bolkstein e acabar com as deslocalizações para Leste;
O liberal Matthieu acha que se um Estado sobre dimensionado e super regulador é mau, então um Super–Estado hiper regulador é pior ainda;

O Wouter quer continuar a poder fumar umas ganzas sem que ninguém o chateie, não quer a harmonização de coisa nenhuma porque está satisfeito com o liberalismo social holandês, está farto de pagar para que os portugueses, gregos e as vacas francesas lhe gastem o dinheiro à toa e a imigração preocupa-o, pelo menos desde o assassínio de Theo van Gogh;

A Soecke não quer que a impeçam de abortar até ás 24 semanas, de fumar “skunk” e comer “Space Cake” sempre que lhe apetece, não quer a harmonização de coisa nenhuma porque está satisfeita com o liberalismo social holandês, está farta de pagar para que os portugueses, gregos e as vacas francesas lhe gastem o dinheiro à toa e a imigração preocupa-a, pelo menos desde o assassínio de Theo van Gogh;

Todos têm razão, porque no fundo o que está em causa é a liberdade de cada um deles seguir com a sua vida como entende melhor, sendo claro que lhes é menos difícil influenciar os Governos nacionais no sentido que entendem, que uma EU com gabinetes atrás do sítio onde o Sol se põe, cheio de gente que não conhecem, com portugueses, gregos, espanhóis, franceses, polacos, etc todos agarrados à gamela do Orçamento Comunitário.

“There are no contradictions. If you find one, check your premises, one of them is wrong.”

Francisco D’Anconia in Atlas Shrugged