Mundo Moderno

Esta semana, o jornalismo português ficou mais pobre: nasceu o Sol. O Governo e o PSD assinaram um "pacto" para a Justiça. O país inteiro (incluindo este que vos escreve, devo admitir), preferiu comentar a dita assinatura, em vez do conteúdo do "pacto". O Governo, no entanto, recusa um outro "pacto" para a Segurança Social, porque não concorda com a suposta "privatização" proposta pelo PSD. Prefere um sistema em que cada vez menos pessoas pagarão cada vez mais dinheiro, para suportar as cada vez mais diminutas pensões de um cada vez maior número de pessoas. Um sistema em que todos, contribuintes e pensionistas, ficarão cada vez mais pobres. Na semana do 11 de Setembro, a RTP entendeu por bem emitir, variadas vezes, o mesmo "documentário" que argumentava que o 11 de Setembro mais não era queo produto de uma conspiração da Administração Bush (de Cheney, presume-se, pois Bush, como é sabido, é demaisado "estúpido" para isso). Dando a entender que, para a RTP e a sua direcção, o 11 de Setembro, enquanto ataque terrorista aos EUA, não existiu. Enfim, para o comum telespectador português, a crer nas audiências, a RTP também não existe. A diferença está em que, de cada vez que paga impostos, o telespectador pátrio se recorda da existência daquele (e de muitos outros) depósitos sem fundo de dinheiros públicos, enquanto que a RTP, os senhores do PCP e o comum ouvinte do Fórum TSF, a cada dia que passa, vão ficando mais esquecidos do que se passou naquele dia, relativizando a morte de todos aqueles inocentes. São os mesmos que, quando vêem o Papa (chefe de uma organização que pouco ou nada me diz, devo avisar, antes que o dr. Vitor Dias ou um seu camarada me venham acusar de ser um lacaio do Vaticano) "ofender" o Islão, logo o acusam de promover a intolerância, enquanto ao mesmo tempo ignoram os gritos da "rua árabe", pedindo a "morte dos infiéis".