19.7.06

Sobre o ódio cego de Zapatero

Depois de tantas e tamanhas provas de imperícia, Zapatero quer agora reabrir as feridas da guerra. Nada esquecer, nada perdoar, tudo rever parece ser o lema do chefe de governo de um país que conseguiu no interim de 50 anos abandonar a cauda da Europa e afirmar-se como uma respeitada voz na cena internacional.

(...)

Ao contrário do que pensa Zapatero, a guerra de Espanha não é tabu: há centos, milhares de obras publicadas a seu respeito, pelo que invocar a necessidade da memória não passa de provocação destituída de sentido. A guerra acabou: a Espanha reconstruiu-se, industrializou-se, enriqueceu e tornou-se livre. Com a República empobreceria e teria sido, sem tirar nem por, o que foram os estados caídos sob o jugo comunista. Franco deixou um rei, hoje vértice e eixo da vida espanhola. Franco deixou uma classe média capaz de gerir um país moderno, progressivo e democrático. A República teria deixado uma nova Cuba. O ódio de Zapatero é uma infelicidade para Espanha.