24.7.06

Os adversários de Israel e o desprezo pela vida humana

A sobrevivência de Israel é a questão crucial da política do Médio Oriente. Se há uma coisa que os regimes e os movimentos islâmicos radicais, do Irão ao Hamas, têm em comum é o desejo de destruírem o Estado israelita.

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O ponto decisivo diz respeito ao valor que uma sociedade dá à vida humana. E nesse aspecto, Israel não deve nada a qualquer sociedade ocidental. A segurança e o bem-estar dos seus cidadãos são sempre prioridades da sua vida política e social. Além disso, no plano externo, as doutrinas militares procuram evitar o uso da força de um modo indiscriminado contra populações civis. Aliás, é um bom exercício comparar-se as políticas israelitas ao modo como os países europeus, quando faziam guerras, lidavam com a questão das vidas dos civis dos seus inimigos. As cautelas israelitas são, no entanto, prejudicadas pelo baixo valor que os seus adversários dão à vida humana. Sociedades e movimentos que promovem entre os seus membros o culto do ataque suicida, que misturam as suas milícias entre as populações civis, e que guardam as suar armas em habitações de famílias comuns, não valorizam certamente a vida humana. Encontramos aqui o elemento mais trágico do que se está a passar no Líbano. Por um lado, muitos dos inimigos de Israel organizam as suas forças de modo a aumentar as mortes civis para depois serem mostradas a todo o mundo. Por outro lado, para garantir a sua segurança, Israel é obrigado a matar civis. E esta escolha trágica tem consequências muito negativas em Israel, como de resto teria com qualquer outra democracia.