21.4.06

Os não-desempregados

Sobre a notícia de hoje no DN, Francisco Madelino, presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional, fez alguns comentários (RR):

"Começa por ser um bocado ridículo que, num país onde há duas bases de dados para gerir o desemprego, o que é um caso único, o Governo e as duas instituições - a Segurança Social e o Instituto de Emprego e Formação Profissional - façam um esforço de maior articulação e modernização e que, ao encontrarem pessoas que estão a fazer contribuições, mas que estão simultaneamente inscritos do lado do IEFP como desempregados, essa passagem de pessoas seja entendida como manipulação ou limpeza de ficheiros", afirma.

Contestando a notícia, Francisco Madelino diz que os números provam que o cruzamento de dados com a Segurança Social tem sido eficiente.

"Em 2004, foram anulados por vários mecanismos de controlo em Portugal cerca de 470 mil desempregados - quase meio milhão de portugueses. Em 2005, e esta metodologia tem vindo a ser implementada desde Junho, por estes mecanismos que foram utilizados também outras vezes no passado, e bem, foram anuladas «apenas» mais 20 mil pessoas"

Porque não questionar a necessidade de o estado continuar a funcionar como uma agência de emprego?