20.4.06

Leitura recomendada (II)

Parece que o quadro existente não deveria oferecer dúvidas: está em curso uma jihad contra o Ocidente, da qual, como subobjectivo específico, até consta a reconquista do Al-Andalus para o Islão. Em nome dela, foi possível um atentado que influenciou decisivamente umas eleições europeias. O Presidente de um dos grandes países islâmicos acredita na chegada iminente do "12.º imã" (aquele que virá no fim dos tempos, imediatamente depois do caos universal), ao mesmo tempo que se sentiu envolvido por uma aura quando discursou na ONU. É esse mesmo Presidente que não desiste de fabricar a bomba atómica, enquanto promete destruir Israel, o lar judaico na Palestina. Ainda estão frescas as palavras de Zacharias Moussaoui (o único sobrevivente do atentado de 11 de Setembro de 2001), regozijando-se com o sofrimento registado pelas gravações dos passageiros do voo 93 (que embateu nas Torres Gémeas) e afirmando o seu desejo de que houvesse um "12, 13 ou 14 de Setembro" todos os dias, até à total destruição da América. O padrão é claro, mas há quem continue a pregar a "compreensão". Que há "razões de queixa" contra o Ocidente e que essas razões de queixa nos deviam levar a "compreender" o ódio contra o Ocidente. Quem fez os atentados de 11 de Março, sabendo que no dia seguinte haveria menos um contingente militar no Iraque, "compreende-nos" muito bem. Só nós é que somos mesmo de compreensão lenta.