22.3.06

Porca miséria

O montado alentejano está a ser alugado pelas poderosas empresas espanholas de porco-preto. Tudo porque no território deles já não há espaço para tanta produção. A Associação de Criadores do Porco de Raça Alentejana (ACPRA) estima que meia centena de proprietários de terrenos na zona da raia já cederam áreas de sobro e azinho, a troco de cem euros por cada porco. O negócio rende, em média, mais de 10 mil euros por ano, mas é criticado pela produção nacional, que reivindica que o animal seja transformado em Portugal.

(...)

José Cândido [presidente da ACPRA] revela ainda não serem só os espanhóis que estão a alugar montado no Alentejo, há produtores portugueses com excesso de animais que apostam nesta modalidade. "O problema é que o poder económico das empresas espanholas lhes permite oferecer mais dinheiro pela ocupação das terras, deixando os portugueses de fora da corrida", sublinha.

[DN, meus destaques]
Qual a solução da ACPRA?
  1. Obrigar os proprietários alentejados a baixar os preços;

  2. Proibir o aluguer dos montados a empresas espanholas;

  3. Subsidiar, via impostos, os produtores portugueses;

  4. Financiar, via impostos, os proprietários alentejanos para investimento em produção nacional.
PS: como consumidor e contribuinte quero o melhor presunto de porco-preto pelo preço mais baixo. Espanhol ou português, tanto me faz!