O politicamente correcto e o tratamento mediático da criminalidade

Transcrevo de seguida um email recebido do leitor Carlos Carvalho:

Ha' poucos dias em Alverca do Ribatejo, um homem foi espancado por 3 cidadaos ucranianos. Arrastaram o homem do carro em que seguia depois de um pequena disputa de transito, e espancaram-no sem misericordia usando murros, pontapes e garrafas . Isto foi feito durante o dia perante inumeras testemunhas, uma das quais a minha mae que assistiu a todo o desenrolar da situacao. Esta historia nao fez noticia, como muitas outras como esta nao fazem noticia. Mas se a situacao tivesse sido ao contrario, ou seja um ucraniano espancado por 3 portugueses, entao teriamos uma revolucao nos noticiarios... parece que estou a ver: "Portugal sucumbe ao racismo", "Extrema direita espanca jovem ucraniano" , "Francisco Louca fala contra o racismo" , blah blah blah...

Quando a situacao e' de imigrantes (nem sei se sao legais ou ilegais neste caso) que foram acolhidos por Portugal, a quem lhes foi dada uma chance de ter uma vida melhor, pessoas que estao em Portugal porque o povo portugues e' hospitaleiro, e que depois abusam a sua estadia para cometer actos de vandalismo como este... isso nao aparece nas noticias? O politicamente correcto e' uma m....!

Ainda sobre esta historia: a ambulancia foi chamada, a policia veio ja' depois dos individuos terem fugido (pois claro), nenhum policia pareceu minimamente [interessado] em tentar saber quem eram, quem nao eram...enfim nao se pode esperar mais da policia portuguesa... ate' porque nao va' a policia ser acusada de ser racista.

Parece-me justificar-se um comentário: sendo certo que o tratamento da criminalidade realizado pela maioria dos media está geralmente dominado pelo politicamente correcto e desculpabiliza (ou, o que é pior, omite) crimes praticados por grupos favorecidos (pelo politicamente correcto), importa ainda assim realçar que a responsabilidade directa pelos actos criminosos deve ser imputada aos seus autores materiais e morais e não aos grupos ou comunidades a que pertencem. Nada no texto do leitor Carlos Carvalho me leva a duvidar de que seja esta também a sua posição mas dada a facilidade com que as tropas de choque do politicamente correcto deturpam demagogicamente qualquer crítica à sua actuação, considero importante esta nota adicional.