26.12.05

Balanços

Na verdade, o estruturalismo era a doença infantil dos estudos literários modernos: tudo a limpo, com aquela transição suave para a «desconstrução». Li muito Paul De Man. Quando encontrei o «pai do estruturalismo» pela frente, numa sala de aula, vi que ele já tinha feito outra transição, para a «hermenêutica», para os clássicos alemães; e que nós tínhamos sido ultrapassados «pela direita». Não me senti traído; senti-me um personagem das novelas de Tom Sharpe, quando Eva Wilt vai de fim-de-semana com um «casal moderno» e «sexualmente livre» para descobrir que era tudo fachada.