7.9.05

Falta confiança e auto estima?

E sabia-se que os diques que protegem Nova Orleães não estavam projectados para aguentar um furacão de grau cinco.

Bush foi avisado desses riscos.
Como o foram Carter, Reagan, Bush (pai) e Clinton, pelo menos.
Também não seriam difíceis de prever outras consequências para além da inundação falhas de energia, falta de comida e água, desordem cívica. Especialmente quando aqueles que já pouco tinham são deixados à sua sorte.
Quem detinha a bola de cristal? E quem deixou os que “já pouco tinham” à sua sorte? Este link, é-lhe dedicado. O Mayor não ordenou a utilização destes 255 autocarros porquê? Foi proibido pelo Governo Federal?
As estatísticas mostram o número crescente de furacões e a sua ligação ao aquecimento global.
De certeza? Como JAD demonstra no artigo que fez algum “fact checking”, esta passagem é no mínimo estranha. Ver aqui as estatísticas.
São uma parcela dos 37 milhões de americanos que vivem na miséria, um número que não tem parado de aumentar nestes últimos anos.
Confundir miséria com pobreza tal como esta é medida, é pouco honesto e é mais desonesto ainda insinuar que o aumento de pobreza só esteja a acontecer nos últimos anos e que seja diferente do mesmo fenómeno em décadas anteriores. Não é, o aumento da pobreza nos EUA desde pelo menos 1959 tem estado sempre ligado a recessões económicas. Ver abaixo.

Em 1999, a população americana era de cerca de 272.690.813 pessoas e havia perto de 32.000.000 de pobres (11,7%). Em Setembro de 2005 há cerca de 297.099.137 pessoas para mais ou menos de 37.000.000 de pobres (12,4%). A população aumentou em aproximadamente 24.408.324 pessoas, das quais sensivelmente 7.277.538 são imigrantes. Houve um aumento de pobreza na ordem dos 5 milhões de pessoas. Não esquecendo os efeitos da recessão de 2001 no aumento da pobreza, quem dera aos faróis do humanismo europeus. Fontes:
Universidade do Michigan – National Poverty Center
US Census Bureau
Num desastre natural não há bode expiatório.
Há sim e a JAD já escolheu o seu.
A América pobre e a rica, a América branca e a negra, mas também a América que existe e a América que se projecta.
Ler aqui. Na busca incessante do Homem Novo e da Sociedade Perfeita insiste-se em que a América tome o lugar da Albânia como farol dos povos. Vá lá perceber-se porquê.