7.6.05

Trampolinadas - V

Como membro do Conselho da Europa, a minha inclinação pessoal seria concluir que este tratado não é viável e que devíamos começar a trabalhar noutro. Cinco, seis, sete ou oito «nãos» prejudicam muito mais a imagem da UE do que dizer-se "Este tratado não funciona, vamos fazer outro".
Responde o assessor de imprensa do governo:
O referendo em Outubro é para manter.
Assessor vs. ministro. Em quem confiar? Talvez se deva ouvir o que o P.R. tem a dizer, ele que normalmente tem uma visão, um desíginio, para o país:
Temos de ter uma outra agenda - a nossa - e temos de ver o que vai acontecer na Europa. O país é pequeno e está muito à espera de um acordo sobre perspectivas financeiras. Temos de parar para pensar, mas não desistir à primeira.
Ah, bom! Então, dizemos que referendamos (só para os entreter enquanto não aprovam mais ajuda financeira), mas paramos enquanto ponderamos, por exemplo, em porque é que os franceses, holandeses e provavelmente os dinamarqueses não concordam com o tratado. Já agora, permita-me sugerir, ponderemos em porque é que o governo trabalhista resolveu não avançar com o referendo ( e não vale dizer que Blair é um traidor à Internacional Socialista).