22.6.05

APF confirma existência dos manuais negados pelo ME e pela CONFAP

1. O MOVE congratula-se pelo facto da Associação para o Planeamento Familiar (APF) finalmente ter reconhecido publicamente, em carta publicada no jornal "Expresso" de 18 de Junho , que os manuais reproduzidos pelo "Expresso" em 14/5/2005 de facto existem.###

2. O MOVE congratula-se, igualmente, pelo facto de a APF ter abandonado o tom caceteiro que a tem caracaterizado no último mês, insultando a torto e a direito, acusando pessoas que nem conhece de serem de "extrema-direita", "ultra-conservadores", etc., e acusando pessoas e jornais de serem mentirosos. Fica agora visto que é a APF quem tem vindo a mentir, a desconversar, a confundir, etc., numa tentativa vã de baralhar os pais portugueses. Afinal os manuais estão onde o Expresso dizia (recomendados num documento oficial assinado por dois ministérios) e tem os conteúdos que o Expresso indicava como cada um pode verificar por si no site do MOVE, e como agora vem a APF reconhecer.

3. O MOVE aproveita ainda este súbito ataque de honestidade da APF para lhe pedir que esclareça os pais portugueses sobre aquilo que realmente os preocupa: porque foram recomendados na bibliografia comentada das "Linhas Orientadoras" manuais que, no dizer do ME, incluem "exercícios patéticos"?

4. Dado que a maioria desses manuais patéticos são escritos por colaboradores da APF e/ou pelos seus inspiradores/orientadores, exigimos à APF que:
a) explique aos pais portugueses quais são os manuais e livros que a APF usa nas acções de formação frequentadas pelos professores dos nossos filhos (recordamos que já fizeram formação a mais de 10 mil professores);

b) nos informe das razões que levam a APF a não usar nas suas acções de formação os manuais patéticos que em parte escreveu e que decidiu incluir nas Linhas Orientadoras. Se os materiais são bons, porque não os usam? E se são maus, porque os escreveram e envolveram dois ministérios na sua publicitação?
5. Recordamos uma vez mais o desafio que está colocado ao Ministério da Educação, à APF e à sua apoiante CONFAP: qual é o contexto em que aquelas actividades patéticas podem ser compreendidas/aceites?