A resposta de Blair
Em resposta às críticas alemãs (via Die Welt), Tony Blair reafirma o seu compromisso com a "Europa social", ressalvando que tem de ser uma Europa enquadrada no mundo actual, procurando "saber porque é que algumas economias europeias criam empregos e outras não".
Aproveita também para refutar a responsabilidade sobre o fracasso na última cimeira, voltando a falar da actual estrutura de gastos do orçamento. Diz ele que não pretende "uma comunidade que gasta 7 vezes mais na agricultura que em investigação e desenvolvimento, ciência, tecnologia, educação e inovação todas juntas" (pergunto eu: e qual deveria ser a intervenção e financiamento dos estados e da UE nas áreas citadas pelo PM trabalhista?).
O Die Welt acrescenta que hoje, 43% dos 106 mil milhões de euros do orçamento comunitário destinam-se à agricultura, onde trabalham menos de 5% da população.
Decididamente os próximos 6 meses de presidência britânica vão ser interessantes. Se existirem eleições na Alemanha (o que não é líquido, dadas as restrições constitucionais à convocação de eleições antecipadas), o chanceler Schröder poderá extremar as suas posições de defesa do modelo social europeu e do papel protector de rendimentos que a UE representa através da PAC. Para isso terá o apoio de Chirac, também ele pronto a apontar os ataques "neo-liberais" dos que querem destruir as políticas europeias de coesão, como razão dos males que afligem o continente. Deviam era procurar responder à pergunta de Blair: porque é que há economias que criam emprego e outras desemprego? Qual a relação com o estado social que a Europa incorpora nas suas políticas e no seu orçamento?
por LA @ 6/22/2005 02:52:00 da tarde
<< Blogue