(In)interrupção volutária da trapalhada
Jorge Coelho demonstra uma posição próxima do PCP e do BE, dispostos a legislar sobre o aborto usando a maioria que o Parlamento lhes confere.
José Sócrates parece determinado a saber a opinião dos eleitores através de referendo, seja lá quando ele fôr. Não deixa de ser estranho que, ao fim de três décadas de regime parlamentar democrático e de não sei quantas legislaturas, se ande a discutir quando começam e acabam as sessões legislativas.
O assunto é importante o suficiente para que o partido da maioria parlamentar e autor do projecto em causa clarifique qual o caminho que pretendem seguir: se irredutivelmente se marcará um referendo ou se se despacha a coisa com um acordo parlamentar. Se pairar a ameaça que os resultados do referendo possam ser contrários à vontade de PS, PCP e BE, a discussão sobre a data do referendo pode dar origem e justificação para que seja o parlamento a tratar do assunto.
Essa clarificação seria uma espécie de IVT (interrupção voluntária da trapalhada).
por LA @ 5/05/2005 11:23:00 da manhã
<< Blogue