12.5.05

Formação?

Portugal afunda-se no índice de competitividade

Como aplicar feng shui na sala de aula


De acordo com a primeira notícia, um dos itens em que Portugal está pior classificado é na formação contínua da mão-de-obra, em 59º lugar.

A segunda respeita ao encontro sobre temas alternativos para professores, já citados em vários blogues como por exemplo neste. No fim da notícia vem escrito isto:

Para participar no encontro, os professores tiveram que pedir dispensa nas escolas ao abrigo de um normativo que lhes permite fazê-lo. Uma das próximas actividades vai decorrer já no início de Junho, uma quinta-feira à tarde, um passeio no Tejo. “Tem de ser assim, porque se for ao fim-de-semana os professores não vêm"



Ora para lá da duvidosa classificação de formação destas iniciativas da organização Pró-Ordem de Professores, esta frase da sua responsável demonstra bem que a responsabilidade da falta de formação contínua está também do lado dos hipotéticos formandos. São poucas as pessoas que consideram a formação uma mais valia profissional dispondo-se a frequentar cursos fora do horário normal de funcionamento, mesmo que isso lhes traga vantagens profissionais. Considerando ainda que os hábitos normais de trabalho dos portugueses são peculiares, incluindo o café a meio da manhã e o lanche a meio da tarde, sabendo também que a organização não é das melhores, não é fácil, especialmente para as pequenas empresas abdicar de horas de um empregado e arcar com custos extraordinários mesmo que isso lhes traga vantagens a prazo.