E agora a Lear
O Secretário-Geral da CGTP acha que a Lear se prepara para deslocalizar as fábricas que ainda possui em Portugal (o que provávelmente é verdade). Vai daí resolveu exigir a intervenção do "ministro da Economia e secretários de Estado, (...) e [d]o ministro do Trabalho" para obrigar a ficar por cá.
Desconheço quais os meios que Carvalho da Silva tenciona exigir ao Governo. Não sei se pretende que as unidades sejam cercadas por unidades da polícia ou do Exército (o que obrigava à intervenção dos ministros da administração interna e/ou da defesa), se pretende que o Dr Sá Fernandes interponha uma acção no tribunal (o que implicava pedir um favor ao Dr Louçã) ou se o plano apenas exige a colocação de umas estacas que prendem bem as fábricas ao solo luso.
O que sei é que a deslocalização de empresas não se evita com estas acções sindicais nem com legislação mais restritiva. A verdadeira solução passa por liberalização o mercado de trabalho, reduzir a carga fiscal e eliminar a burocracia que dificulta a criação e a liquidação de empresas. Mas estas medidas são liminarmente rejeitadas pela CGTP (e não só...) que as apelida (na melhor das hipóteses) de "neo-liberais". Prefere as "jornadas de luta" e as "acções de protesto". Com o sucesso que se sabe...
por Miguel Noronha @ 5/11/2005 05:59:00 da tarde
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