Coruche
Hoje foi Coruche, como ja antes tinha sido em Vila Verde, Francelos e amanhã sera noutro sitio qualquer. Enquanto o sacrossanto estado se entretem a roubar a Bombardier, a mostrar quem manda na PT, a enterrar (ainda mais) a CP, a promover a mais abjecta (des)educação sexual, a arranjar sinecuras e “arranjinhos” para os que têm cartão do partido que esta no poder no momento, as pessoas verdadeiras, aquelas que trabalham, dormem, riem, choram e pensam têm problemas reais. Quando o estado não cumpre as suas funções basicas, estes seres “pequeninos” tomam a resolução dos problemas nas suas mãos e da o que se tem visto, acabando ainda por cima, por ser acusadas de xenofobia e racismo e pior, algumas são presas.
O apeadeiro de Francelos foi durante anos terra-de-ninguém. Assaltos violentos, roubos descarados, habitantes da zona com medo de la passar sequer, casas assaltadas, etc. Nunca qualquer autoridade se preocupou e as pessoas que eram obrigadas a apanhar o comboio ou a sair naquele apeadeiro estiveram anos sujeitas às mais incriveis situações. Nem policia, nem câmara municipal, nem governo civil, nem MAI, nada. Nunca fizeram rigorosamente nada pelas pessoas, nada. Até ao dia em que estas perderam a paciência e decidiram resolver o problema. Desde miudos a fazer trabalho escravo no acampamento, a grandes quantidades de cocaina e heroina a armas havia la de tudo. Como se sabia. Pois as autoridades (o estado) so agiram quando as pessoas se revoltaram deram aos criminosos um pouco do seu proprio remedio. Apos os habitantes da zona intervirem, o local foi limpo, começou a haver patrulhas a cavalo e de jipe 24 horas por dia e....alguns dos que resolveram o problema, foram julgados e condenados. E os criminosos? Pois.
Havia necessidade de chegar a este ponto? Podem as pessoas ser acusadas de xenofobia, racismo e ser julgadas? Teriam, no caso de Francelos tomado outra atitude se os criminosos não fossem ciganos? Porquê se o estado não cumpre a sua primeira e mais importante função que seria garantir dentro do possivel, segurança e justiça?
A ser verdade o que ouvi hoje na TVI a pessoas de Coruche, os ciganos que la vivem e trabalham devem perceber que mais importante que a etnia é a civilidade e a vida em comunidade, sob pena de serem confundidos com criminosos e arruaceiros que não merecem mais que ser expulsos, julgados e condenados. A alternativa é a violência de quem sente falta de segurança e medo ou ficarmos todos reféns do politicamente correcto e de minorias escabrosas, sentados encima de um barril de polvora.
por Helder Ferreira @ 5/19/2005 11:38:00 da tarde
<< Blogue