Dúvidas sobre o imperialismo liberal
Robert Cooper, no último número da National Interest, apresenta uma crítica à tese do Realismo Democrático de Krauthammer (apresentada na edição do Outono de 2004 – leitura apenas por via de registo). Diz Cooper:The argument of the democratic realism thus has a compeling simplicity and logic: Democracy is desirable, perhaps even imperative, for our security, and America is now a dominant power in a way that is without precedent. So American power should be used to promote democracy. The problem with this argument is that American power - or at least the dimension pf power in which America is most evidently dominant - is military power, and it is questionable how useful this is in creating democracies.
Cooper apresenta, depois, uma série de razões para justificar o seu raciocínio. Para ele, se a força militar pode servir para afastar governos totalitários, apenas a sociedade civil está apta a desenvolver a sua democracia. Robert Cooper não só chama a atenção para o lado mais fraco da tese de Krauthammer, como também acaba (mesmo que implicitamente e no meu ponto vista) por apresentar um argumento contra Kagan, quando este defendeu no seu Paradise and Power que a América é quem detém o poder. É que para Cooper os EUA podem deter o poder militar, mas todo aquele que vá além deste já será mais discutível. Assim, se quanto à União Europeia, em virtude de ser uma instituição questionavelmente democrática, podemos questionar se é mesmo um Paradise, também é bom ter em consideração que o poder americano é limitado.
por André Abrantes Amaral @ 4/20/2005 01:28:00 da tarde
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