Resistir ao fundamentalismo laicista e ateísta
JSarto recorda oportunamente a "Nota doutrinal sobre algumas questões relativas ao empenhamento e ao comportamento dos católicos na vida política", redigida pelos então Arcebispo Tarcísio Bertone (actual Secretário de Estado do Vaticano) e Cardeal Joseph Ratzinger (actual Papa Bento XVI):Aquele que, em nome do respeito da consciência individual, visse no dever moral dos cristãos de ser coerentes com a própria consciência um sinal para desqualificá-los politicamente, negando a sua legitimidade de agir em política de acordo com as próprias convicções relativas ao bem comum, cairia numa espécie de intolerante laicismo. Com tal perspectiva pretende-se negar, não só qualquer relevância política e cultural da fé cristã, mas até a própria possibilidade de uma ética natural. Se assim fosse, abrir-se-ia caminho a uma anarquia moral, que nada e nunca teria a ver com qualquer forma de legítimo pluralismo. A prepotência do mais forte sobre o fraco seria a consequência lógica de uma tal impostação. Aliás, a marginalização do Cristianismo não poderia ajudar ao projecto de uma sociedade futura e à concórdia entre os povos; seria, pelo contrário, uma ameaça para os próprios fundamentos espirituais e culturais da civilização.
por André Azevedo Alves @ 10/02/2006 09:03:00 da tarde
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