21.7.06

Israel e a contenção do Irão, da Síria, do Hamas e do Hezbollah

O Irão e a Síria são hoje a vanguarda de todos os que negam a pura existência de Israel, e o Hamas e o Hezbollah são os braços armados dessa nova realidade. Se somarmos a essa situação o caminho perigosíssimo do Irão, Israel tem hoje de novo um desequilíbrio que se está a construir à sua volta. O problema não são os palestinianos, é o choque de políticas nacionais de hegemonia regional, e a utilização da religião como arma de mobilização e radicalismo. Israel tem que conter o Irão, a Síria, o Hamas e o Hezbollah quanto antes, antes de terem armamento nuclear, antes de se armarem com as novas armas do terrorismo, incluindo uma capacidade maior de projecção de mísseis sobre o seu território sem profundidade. É uma realidade militar antes de ser política.

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Percebe-se o que os israelitas querem com esta resposta violenta aos actos de guerra do Hezbollah e do Hamas: mostrar que a paz só é possível se não houver qualquer transigência com os grupos que são os braços armados de estratégias de aniquilação do Estado de Israel. E estes, e os Estados que os alimentam, só percebem uma única linguagem, a da força.