4.4.06

Quem quer saber dos factos?

Man—every man—is an end in himself, not the means to the ends of others. He must exist for his own sake, neither sacrificing himself to others nor sacrificing others to himself. The pursuit of his own rational self-interest and of his own happiness is the highest moral purpose of his life.
Ayn Rand

Os factos e a realidade são perda de tempo. Para os que vivem na realidade paralela da moral situada algures entre o “instinto e a razão”[1], a realidade não existe. Os factos dependem de referenciais mais ou menos místicos. Rand dizia para esquecermos os factos, e dedicarmo-nos a rebater as falácias totalitárias no sítio de onde nascem: na moral.[2]###
A moral altruísta que considera certo a doação compulsiva de órgãos após a morte, mas não aceita a venda pelo seu proprietário. A moral dos relativistas, para quem ninguém é responsável por si mesmo e todos somos responsáveis pelos males alheios. A moral do chamado socialismo-democrático (!) do “capitalismo na produção (já é uma evolução), socialismo na distribuição”[3]. A moral que defende que o sucesso é sorte, é “estar no sítio certo na hora certa” e que esquece o trabalho que a sorte dá. A moral dos multiculturalistas, para quem todas as culturas têm igual valor. Não têm. Há que re-oferecer uma nova (antiga) moral Liberal. A que defende o sucesso e a realização pessoal como resultado do trabalho, esforço e dedicação individual, o livre arbítrio, o direito à vida, à liberdade e à justiça. Uma moral que defende que somos aquilo que fazemos e nada mais.

1 Ética, Economia e Política, José Manuel Moreira
2 Capitalism: the unknown ideal, Ayn Rand
3 Artigo do Dr Almeida Santos no Expresso, via Ética, Economia e Política, José Manuel Moreira