O Daniel Oliveira limita-se a fazer comentários de circunstância. É o sound byte em pessoa. O típico comentador que defende hoje uma ideia e ontem ou amanhã a sua própria contradição.
Personagens como o Daniel Oliveira só pupulam no ambiente civilizacional ocidental porque vivemos numa época de pouca memória, em que a análise crítica se limita ao tempo mediático.
Ainda assim, é bom viver numa sociedade onde há lugar para todos. Apelo à tua caridade cristã: já pensaste o que seria do Daniel Oliveira se tivesse nascido algures num país teocrático islamita, daqueles que vemos na TV onde ele também aparece? Imagina que mudas de canal, e zap, lá está ele, a defender os direitos dos homossexuais em Teerão, a liberalização das drogas leves no Yemen, ou a separação da Igreja do Estado em plena Meca? O que seria feito do pobre rapaz? Onde estaria hoje?
É bom saber que nasceu em Portugal, neste mundo ocidental tolerante, que está bem e de boa saúde. Onde pode dizer o que aceita e o que «não aceita» O único castigo que sofre é ter de nos aturar a nós e às peregrinações anuais de fiéis a Fátima. O nosso castigo é mais pesado, que o temos de aturar a ele, ao seu refinado gosto e ainda a sua entourage (e ainda a OTA, o TGV, o Manuel Pinho, o Mário Lino, o Anacleto, a Comissão de Trabalhadores da PT contra a OPA da Sonae...). Ainda assim, nada de mais, em comparação com o que se vê por esse mundo fora...
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