Re: Metafísicas Conservadoras
Apesar da falta de disponibilidade para o fazer de forma tão desenvolvida como seria adequado, não resisto a responder ao repto lançado pelo Corcunda na sequência deste post do João que por sua vez remetia para um interessante artigo de Edward Feser sobre o Conservadorismo e as suas perspectivas metafísicas.
A tipologia proposta por Feser é interessante, apesar de algo redutora (como seria de esperar de um exercício deste género). Acresce que a minha visão do conservadorismo está subordinada a uma prévia aceitação de princípios liberais. Tenho pois muita dificuldade em considerar-me, sem mais, como um conservador, seja de que variedade for.
Uma vez feitas estas advertências, e não querendo fugir ao repto lançado, caracterizaria a minha posição como incorporando, numa combinação delicada, alguns elementos do "empirismo-cepticismo de tradição britânica" com outros da "tradição platónica-aristotélica-tomista" (mais tomista do que aristotélica e mais aristotélica do que platónica, ainda que nenhuma das duas primeiras seja compreensível sem o fundamento da ideia platónica). Um equilíbrio delicado (como todos os equilíbrios) mantido na linha da Escola Austríaca (especialmente os contributos de Menger) e da posição de inspiração straussiana de que um compromisso entre o direito natural e a modernidade (ou parte dela...), apesar de complexo e difícil, não é impossível.
por André Azevedo Alves @ 1/15/2006 01:11:00 da tarde
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