— As democracias só fazem guerras "defensivas?" — Não. — E as "guerras das democracias:" têm necessariamente um final feliz? — Não. Por vezes resultam na destruição da cidade. — Mas certamente que a história nunca se repete? — Pode repetir-se, mas não faça disso uma ciência social: só nos apercebemos à posteriori. — E de que modo se repete? — Quase sempre como tragédia; raramente como farsa. — Mas então a promoção da democracia não garante a paz nem possibilita necessariamente a prossecução da felicidade... — Pois não. — Certamente que os governantes da cidade o sabem... — Talvez não. — Impossível! Como?... — O conselheiro do Príncipe morre velho e honrado se o elogiar e lhe disser aquilo que a cidade quer ouvir. O resto é o trabalho da pior das paixões. — Qual é ela? — A soberba, pois claro.
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