Capitalism: the unknown ideal
Li no Público (já não sei se hoje, se ontem) que as multinacionais que investem na China, dizem em Davos que o factor mais importante é o acesso ao mercado chinês. Quem escreveu a peça, diz que ainda há dois anos aquilo a que as empresas davam mais imprtância era o baixo custo da mão de obra e que esta mudança é surpreendente. Repito: surpreendente. Quem acha isto, não tem e dificilmente virá a ter a mínima noção do que é o capitalismo, como funciona, os seus efeitos e até a beleza que encerra. Ao contrário do que pensam as boas consciências, o capitalismo não se move essencialmente por custos, move-se por receitas. O capitalismo não convive bem com a pobreza, não convive bem com a falta de liberdade, não convive com a destruição. O capitalismo precisa, mais que tudo, de consumidores. Precisa que haja o maior número possível de pessoas com com o máximo poder de compra. E quando não há, cria-os. Ao/para criá-los, promove mais riqueza, mais liberdade, menos pobreza. Surpreendente? Há variadíssimas maneiras de criar pobres. Para criar ricos, só conhecemos uma: o capitalismo. É o pior sistema, excepto todos os outros.
Outra notícia, também “surpreendente” é a forte presença da Ìndia em Davos e o esforço de marketing que esta a fazer. Os indianos acabam de abrir o mercado de retalho ao investimento estrangeiro. Sit back and relax, capitalism is on it’s way.
por Helder Ferreira @ 1/29/2006 10:23:00 da tarde
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