24.1.06

Importação de energia e riqueza (II)

A factura que Portugal paga pela energia que importa vai aumentar mais de mil milhões de euros em 2006, dramatizando assim o elevado grau de dependência da economia face ao petróleo e ao gás natural e as consequências negativas esperadas sobre a actividade económica.
Em resposta a esta notícia não deixará de haver socialistas que dizem ser preferível aumentar o grau de dependência da economia face às energias alternativas nacionais. Antes que o façam sugiro a (re)leitura deste post.

Apesar do aumento do preço, continua a ser mais rentável para a economia nacional o recurso a produtos petrolíferos estrangeiros. Se não o fosse, certamente haveria inúmeras oportunidades de lucrar com as ditas energias alternativas. No entanto, tal não se verifica.

Os projectos de energias alternativas não têm, por enquanto, a capacidade produtiva ou a viabilidade financeira para substituir o petróleo e derivados. Para contornar estas limitações, o Estado propõe-se subsidiar tais projectos.

O subsídio estatal é um consumidor de recursos ineficiente ao pretender-se gastar mais com a energia alternativa (subsídios + custos de produção) que com o petróleo (produto que, além de não receber quaisquer subsídios, é altamente taxado). Deste modo, a riqueza criada será, comparativamente, menor.