A liberdade social

A esquerda em Portugal afirma-se como lutadora da liberdade. Assume essas prerrogativas perante qualquer político que se afirme de direita. Sejamos claros: Se ficarmos neste ponto do discurso político, só nos resta esperar a chegada ao poder da geração nascida no pós-25 de Abril. Ora, tal não só é muito tempo, como não é razoável. É que a esquerda bateu-se pela liberdade política, mas esquece (e nega) uma outra vertente da liberdade. A liberdade social. A liberdade de escolher como planear a nossa reforma; a liberdade de escolher o hospital onde somos tratados; a escola onde queremos que os nossos filhos estudem; a livre escolha do programa de ensino da nossa escola. A liberdade de obrigar o Estado a gastar o dinheiro dos impostos em ‘coisas’ úteis e não em projectos megalómanos e supérfluos. Há por aí muito político que não acredita nisto. Esta é a liberdade que a direita deve assumir e de que se pode arrogar.