24.1.06

Contributos

O do leitor Insurgente José Carlos Morais.

O meu.

Tão importante como a sustentabilidade financeira do sistema de Segurança Social, parece-me a sustentabilidade social e política, porque em teoria, o estado manterá sempre a capacidade de pagar reformas. Basta escravizar a geração seguinte. No entanto, deixaria isto para mais tarde e começo pelo que está abaixo.

A proposta que mais me agrada para o funcionamento e financiamento da Segurança Social é a do CN no Causa Liberal. Julgo que há ainda outra maneira de fazer depender as pensões das receitas (e não o contrário como acontece agora). Para já apenas acrescentaria que (dentro do sistema que temos) a contribuição devia ser obrigatória, seja para que sistema fosse, público ou privado, apesar da liberdade de escolha.

Os actuais e futuros reformados, devem perceber, que ao exigir a manutenção dos “direitos” que julgam deter estão a impor uma sobrecarga imensa e a empobrecer a geração seguinte, que não é anónima, são os filhos e netos deles. Ora, julgo que se existem obrigações de solidariedade elas funcionam essencialmente de pais para filhos e não ao contrário. Desde logo, porque se há filhos, a responsabilidade é dos respectivos pais e o inverso não é verdadeiro. Não perceber isto é de um egotismo atroz e quem criou a expressão conspiração grisalha acertou na mouche.

Já todos percebemos que as mudanças demográficas não auguram nada de bom para o sistema e mesmo assim quem nos dera que esse fosse o único, ou sequer, o maior problema da sustentabilidade da Segurança Social.

Numa primeira abordagem diria que as contribuições do estado e dos Funcionários Públicos têm que ser iguais às dos privados (23,75%+11%) e que os subsídios de desemprego devem também ser sujeitos às mesmas regras.

(continua)