12.12.05

Sobre o estilo de vítima: recordar Louçã

Não peço que Joana Amaral Dias seja um homem à séria (e até seria uma pena, diga-se), mas Soares podia ter outra atitude face aos ataques que sofre. Soares e os seus apoiantes. O estilo de vítima é muito ridículo. Faz-me lembrar, que pagode, quando os senhores do Bloco de Esquerda levaram no toutiço da Guarda Civil Espanhola. Lá estava Louçã, homem libertador de um povo oprimido, a gritar, entre uma bastonada e outra, “nós somos deputados, nós somos deputados”. Como se o povo miserável pudesse levar no focinho, mas um deputado já podia sair impune. Louçã nunca me enganou, só os tolos acreditam na veracidade daquele embuste. O limite da igualdade ultrapassa-se com um “sou deputado, sou deputado”.