Re: Impostos como preços (2)
Na sequência dos comentários do Tiago Mendes a este post, justificam-se mais algumas notas sobre o assunto:
1- Quanto à apreciação sobre o argumento do João Miranda, também o acho interessante a nível analítico (como referi aqui). Na mesma linha, e no âmbito da teoria da escolha pública, recomendo o seguinte artigo: KURRILD-KLITGAARD, Peter e SVENDSEN, Gert Tinggaard, "Rational Bandits: Plunder, Public Goods, and the Vikings", Public Choice, Vol. 117, N.º 3/4, 2003, pp. 255-272.
2- Quanto às taxas do IRC, é provável que eu tenha aqui desvalorizado em demasia o seu papel como factor de competitividade internacional. Desejava apenas chamar a atenção para o facto de, no caso de grandes multinacionais com capacidade negocial significativa, o pacote de incentivos desempenhar provavelmente em muitas situações um papel mais importante que a taxa de IRC em vigor. Isso não invalida que a taxa de IRC seja, ainda assim, um factor relevante a nível da captação de investimento estrangeiro.
3- Subscrevo os argumentos que o Tiago invoca para não considerar apropriado falar de "preços" no caso dos impostos, os quais me parecem perfeitamente compatíveis com os que apresentei.
por André Azevedo Alves @ 10/25/2005 12:12:00 da manhã
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