O Estado Mínimo - um equivoco comum
Vital Moreira pretende que a devastação do Katrina constitui um excelente argumento contra o Estado Mínimo. Afirma que: A principal tarefa de toda a colectividade política organizada -- a que chamamos Estado -- sempre foi a segurança dos seus membros. A lição do furacão Katrina é a de que o "Estado mínimo" pode ser sinónimo de segurança mínima.
Ao contrário do que se podia esperar VM, parece estar algo confundido (ou pouco informado) quanto ao Estado Mínimo.
Para os minarquistas (ie os que defendem o Estado Mínimo) a segurança da vida humana e propriedade constitui a tarefa mais importante do Estado (mesmo na versão "night watchman"). Alguns defendem mesmo a responsabilidade do Estado na manutenção da insfraestruturas comuns essenciais.
Os minarquistas não defendem um Estado fraco. Defendem que as função do Estado sejam reduzidas ao mínimo mas que este as cumpra de forma eficaz. Na sua presente configuração (mesmo nos EUA) o Estado cumpre uma multiplicidade de funções que não lhe compete. Muitas destas assumem, na agenda político-mediatica, uma importância superior às das suas funções essênciais (como é o caso da segurança). O resultado é o "estado oco" (como lhe chamou o nosso colega MMS) que pretende realizar "muita obra" mas que descura as suas funções essenciais.
Desta forma, o problema não é atribuível ao Estado Mínimo mas sim ao Estado Social.
por Miguel Noronha @ 9/05/2005 10:33:00 da manhã
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