Censura ou rentabilização da marca?
O Grupo Espírito Santo [GES], em resposta à publicação do que considera informações "absolutamente fantasiosas e falsas", cortou relações comerciais com o Grupo Impresa (SIC, Expresso, Visão...). Sobre o assunto escreve Paulo Gorjão o seguinte:Aparentemente, o GES pretende «amaciar» o Grupo Impresa e «avisar» a restante comunicação social.
A publicidade perde a sua eficácia se, na página ao lado, surgir uma notícia desfavorável à marca anunciada. É por essa razão que nunca haverá um anúncio da Microsoft no jornal Avante!
Sabendo-se, como se sabe, que a receita obtida através de publicidade é uma parte vital de qualquer empresa de comunicação social, então percebe-se ainda melhor a manobra – desastrada – do GES.
Refira-se, para terminar, que não sei se o GES tem ou não razão. Dito isto, mesmo tendo razão, o GES perdeu a face ao retaliar pela via financeira e não pelos tribunais. É que tudo isto tresanda a censura encapotada.
Ora, se o GES acredita que, no futuro próximo, tais notícias negativas vão continua a ser publicadas, faz todo o sentido a empresa rever a sua estratégia de comunicação. Quem sabe, até poderia alterar o conteúdo da mensagem publicitária e aumentar o volume de publicidade nos referidos órgãos de comunicação social se essa estratégia tivesse uma rentabilidade esperada superior à eliminação total dos anúncios.
por BrainstormZ @ 7/12/2005 08:17:00 da tarde
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