As facturas dos outros
Maria de Sousa (investigadora do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) lamenta-se: a dependência do trabalho científico em relação à sua eficácia económica e empresarial foi também lamentada por esta docente, que defende maior autonomia da investigação face aos interesses das empresas.
As facturas da investigação científica podem até ser suportadas pela comunidade onde se insere o investigador, como é o caso das universidades públicas. Mas que essa comunidade espere algo em retorno, é indesejável por condicionar o livre processo científico.
Estranho pressuposto para uma docente de um instituto da Universidade do Porto, que pretende dar saída profissional aos seus formandos. Apresenta saídas diferenciadas para cada uma das áreas: medicina (carreira pública ou privada), exercício da medicina veterinária, aquacultura e pescas, controlo de qualidade e controlo ambiental e sanitário nas ciências do meio aquático, ou indústria na área da bioquímica.
Causará isto algum constrangimento à investigação desenvolvida pelos docentes e pelos alunos?
E a investigação feita pelos laboratórios da indústria farmacêutica, que procuram criar novos medicamentos? Também é de lamentar?
por LA @ 4/27/2005 02:37:00 da tarde
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