O Desemprego de Sócrates

Sócrates promete acabar com o desemprego ou, pelo menos, reduzi-lo para os níveis de 1999. Esperança vã. A economia portuguesa depende, e muito, da Alemã e da Francesa. Ora, por lá, as coisas não estão famosas. Pelo contrário, vão de mal a pior. De acordo com esta notícia, no site da SIC, ficamos a saber que o desemprego tem subido na Alemanha e em França. Após leitura deste editorial de Denis Jeambar, no L’Express, só podemos concluir que o futuro não vai ser famoso.

Le chômage est-il devenu une fatalité, un mal incurable dont la France ne pourrait se guérir? La statistique est édifiante: le nombre de chômeurs est passé de 371 000 (2,7% de la population active) en 1972 à 2 444 200 (9,9%) le mois dernier. Maigre consolation, notre voisin allemand a connu un dérapage encore plus rude: 229 000 sans-emploi (0,7%) il y a trente-trois ans, 5 037 000 aujourd'hui (12,7%).

O desemprego vai subir em Portugal. Razão? O seu baixo índice quando comparado com o resto da Europa. Não enterremos a cabeça na areia. O desemprego poderá atingir valores idênticos aos da Alemanha e o mal que invade as nossas sociedade só poderá ser combatido com políticas que não atrofiem a livre iniciativa e prejudiquem quem quer investir. No meio de toda esta desgraça, há uma luz. Se lermos com atenção o dito editorial de Jeambar, damos conta que nele é reconhecido serem os EUA e o Reino Unido, as únicas excepções a este drama que assola os países ocidentais. Talvez, se começarmos a seguir as políticas praticadas nestes dois últimos países, possamos, dentro de alguns anos, começar a sorrir quando falarmos de desemprego.

Dentro de um ano (estou a ser generoso), Sócrates vai estar atolado em problemas e sem soluções para os resolver. Eu já não acredito nele. Daqui a 12 meses, a esquerda também não.