Dar o braço a torcer
Pedro Oliveira parece reconhecer aqui o papel positivo que poderá ser possível retirar da intervenção americana no Iraque. Da leitura do seu ‘post’ retiro dois aspectos interessantes. O primeiro é a qualificação de ‘insurgentes’ (algo muito negativo para nós que escrevemos neste blogue) àqueles que, para uma grande maioria da comunidade internacional e iraquiana, mais não são que meros terroristas. De qualquer forma de ‘resistentes’ para ‘insurgentes’, um passo bastante positivo é dado e uma nota digna deve ser realçada. O segundo é de carácter mais geral e político. O Pedro Oliveira chama a atenção para "(...) um possível desenvolvimento irónico da política de Bush para o Médio Oriente (...)", quando menciona a hipótese de, em virtude da abertura democrática nos países árabes e o surgimento de líderes e governos moderados, a influência norte-americana se reduza na região. Eu, que também considero real esta possibilidade, tenha apenas a acrescentar o seguinte: É que apesar desse risco, a Administração Bush decidiu intervir no Iraque, precisamente porque, após o 11 de Setembro, a manutenção do ‘staus quo’ no Médio Oriente era, para os norte-americanos e ao contrário do que sentiam os países europeus, insustentável. Finalmente a dura realidade sentida pela América naquela manhã de Setembro parece estar a ser captada e entendida pelos europeus.
por André Abrantes Amaral @ 3/21/2005 11:15:00 da manhã
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