30.8.06

De Vasco Granja ao DN

Recordei-me de outros estudos similares que eram mais ou menos comuns há cerca de 20 anos. Com menos gráficos e pior suportados estatisticamente, bem entendido. Mas em que as vantagens competitivas iam direitinhas para os países do lado de lá da "cortina de ferro". Já então, nessas análises bondosamente comprometidas, os USA eram a terra onde primava a pobreza, a necessidade, o egoísmo e as múltiplas vertentes sinistras da "lei da selva". Um dos piores lugares do mundo para se viver. Um way of life condenado pela história e a evitar a todo o custo.
Ao contrário, na Checoslováquia, Roménia, Albânia e na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, entre tantos outros lugares, brilhava um Sol igual para todos, o papel do Estado era impecável, a educação era admirável e a felicidade dos povos evidente. Estudos e peritos assim o garantiam. A minha geração, em particular, era pacientemente ensinada sobre a manifesta riqueza social dos desenhos animados húngaros e checoslovacos quando confrontados com os gatafunhos violentos da Disney e da Looney Tunes - e lá estava a inefável figura de Vasco Granja a garantir isso mesmo.

A ler em conjunto com o já aqui recomendado artigo de José Manuel Moreira, "Notas da Escandinávia".