Devemos perdoar as dívidas?
"Atualmente, por todo o mundo, o clamor para um amplo perdão das dívidas de algumas das nações mais subdesenvolvidas do mundo continua a ecoar. Cada político ocidental, de presidentes a primeiros-ministros, várias vezes são advertidos por líderes religiosos, atores e estrelas de rock que um grande perdão de dívidas para algumas das nações mais pobres do mundo é uma obrigação moral. Deixar de abraçar essa causa, às vezes ouvimos, é como condenar milhões a morte.
(...)
Mais provavelmente, o resultado de um vasto perdão de dívidas é destruir ainda mais a reputação de muitos países em desenvolvimento de cumprir com suas obrigações contratuais. Isso, por sua vez, limita o acesso futuro ao capital estrangeiro de que precisam para o crescimento econômico.
(...)
Os países em desenvolvimento precisam criar uma reputação de tomadores de empréstimo responsáveis, que não somente dispõem dos montantes emprestados de modo produtivo, como também pagam seus débitos conforme o contratado.
(...)
Além disso, será que alguém realmente pensa que o perdão das dívidas, que falham em dar conta daquelas elites do mundo subdesenvolvido que corruptamente desviam os bilhões emprestados aos seus países, é capaz de desencorajar os futuros líderes das nações de trilhar caminhos semelhantes?"
Samuel Gregg, "As dívidas, a morte e o ditador"
(via CIEEP)
por Anónimo @ 6/12/2006 12:02:00 da tarde
<< Blogue