31.5.06

Delírio, não excluindo incompetência ou má-fé

o sistema sueco, dos mais generosos da Europa, assenta numa concepção bem distinta daquela que caracteriza os sistemas da Europa Continental e do Sul; a reforma realizada foi profunda, coerente e simples.

É-lhe devolvida a acusação na página 36 do jornal Público de hoje. Karl Gustaf Scherman, ex-director do concelho nacional social sueco à época da tal reforma diz que, a mesma só foi possível porque a Suécia dispunha de “um fundo de reserva muito próspero”. Só o “delírio, a incompetência ou a má-fé” permite acreditar que seja o caso de Portugal. O senhor Scherman diz ainda que a tal reforma “profunda, coerente e simples” tem que ser profundamente revista e acaba a concluir - o que os restos de evasão da realidade, que não gosta de aritmética aconselham: são precisas políticas de criação de emprego e “mais bebés”. Nesta de “mais bebés”, o nosso governo quer antecipar-se aos suecos. Na criação de emprego (riqueza) mantém-se a doutrina Colbert. Não se aprende nada.###
Os portugueses não se importariam que o Governo copiasse toda a reforma sueca

Cuidado com o “delírio”. Portugal tem das mais altas taxas de substituição da Europa, o que significaria que, a copiar-se o modelo sueco, essa taxa poderia descer implicando reformas mais baixas. Os portugueses não se importariam? A Dra Manuela Arcanjo parece acreditar que Portugal é tão rico como a Suécia.
não faltará muito para a eliminação "teórica" de todas as medidas introduzidas após 1974 por não ter sido acautelada a sua sustentabilidade.
Pois. Não faltará, eventualmente, muito para a eliminação prática da aritmética. Se o sistema não é sustentável, sugere-se exactamente o quê? A eliminação “teórica” da sustentabilidade?

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