Democracy must be something more than two wolves and a sheep voting on what to have for dinner. - James Bovard
30.1.06
Doadores por decreto
A liberdade de escolha sobre a propriedade privada de cada indivíduo é o pilar do liberalismo. E o mais importante património do ser humano é o seu corpo. Afinal, é através das capacidades físicas e intelectuais do corpo humano que qualquer outra forma de propriedade é adquirida.
Gostaria, por isso, de saber em que circunstâncias o Estado pode "expropriar" o corpo humano. Exemplos:
Se existir falta de dadores, será que o Estado pode/deve implementar um "imposto de sangue"?
Se a sobrevivência de metade da população depender de um transplante renal será que o Estado pode/deve exigir a colheita do rim (esquerdo ou direito) à outra metade?
Se, em termos demográficos, a população está a envelhecer pode/deve o Estado criar leis de fertilidade obrigatória? E, neste caso, considerando que parceiros do mesmo sexo não conseguem procriar, pode/deve o Estado decretar a proibição de práticas homossexuais?
Dado que um ser humano mais saudável é, tendencialmente, um trabalhador mais produtivo pode/deve o Estado fiscalizar o regime alimentar e físico de cada cidadão?
Assumindo que um brilhante cientista na investigação da cura do cancro necessita de um transplante de coração, pode/deve o Estado matar um cidadão "estúpido" com coração compatível?
<< Blogue