18.10.05

O bem estar

Even though redistributive states have created more equal access to resources and welfare services (which create more happiness, ceteris paribus), the benefit is undermined by the fact that we are given this without working for it ourselves.

Johan Norberg, Policy, Spring 2005.


O comunismo quis trazer a felicidade e falhou redondamente. O liberalismo, sem o pretender, pode lá estar perto. Naturalmente, não me refiro à felicidade abstracta, sequer íntima. Apenas aquela relacionada com o contentamento inerente à nossa vida em sociedade. Chamemos-lhe bem estar social. Numa comunidade aberta à concretização dos nossos sonhos, premiando as nossas capacidades. Ela liga-se à livre escolha que existe numa sociedade comercial, à esperança de melhoria e possibilidade em cumprir o que se deseja. Costuma-se dizer que o dinheiro não traz felicidade. É verdade, mas ajuda. Não no sentido de comprar, mas da possibilidade em fazermos o que gostamos, apenas possível em sociedades de mercado livre. Numa sociedade liberal existe mais variedade profissional, mais amplas escolhas, porque maior a troca de interesses e conhecimentos. Por muita confusão que possa causar, uma boa economia cultiva uma cultura florescente.

Há ainda a satisfação em fazermos algo apenas por nós próprios. Porque esta é uma das falhas do Estado social. O querer fazer por nós e para nós. A forma como nos retira uma das maiores satisfações humanas: A de nos sentirmos úteis e capazes.

Sugiro ainda a leitura da palestra proferida por Norberg no passado dia 11 de Outubro, em Sydney.